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Entrevista com Caroline Maciel – Coordenadora de GT do CAED-Jus 2019

A entrevistada desta vez é Caroline Stéphanie Francis dos Santos Maciel.

Caroline Stéphanie Francis dos Santos Maciel é Doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), bolsista da CAPES e advogada. Mestra em Direito pela UFMG, com bolsa do CNPq. Bacharela em Direito pela UFMG, com formação complementar na University of Leeds/ UK e Coordenadora do GT Teorias e Pesquisas Empíricas do CAED-Jus 2019.

 

Confira a entrevista:

1) Você foi selecionado(a) para coordenar um dos Grupos de Trabalho do CAED-Jus. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até esta seleção.

Sou graduada em Direito pela UFMG. Durante a graduação, estudei um semestre na University of Leeds, no Reino Unido e pude participar de aulas, seminários e eventos em uma universidade estrangeira de alta qualidade e produzir artigos em inglês.

Fiz mestrado na UFMG, com bolsa do CNPq e o tema da minha pesquisa foi o papel do Executivo federal na construção da reforma da educação básica. Fiz estágios de docência e tive a oportunidade de assumir duas turmas na graduação em Direito da UFMG, por dois semestres, com auxílio do IEAT/UFMG. Advoguei no núcleo de prática jurídica da UFMG, prestando assistência judiciária gratuita aos necessitados.

Iniciei o doutorado em 2018 na UFMG e agora sou bolsista da CAPES. Minha pesquisa é voltada para formas de incentivar a participação e inovação no processo de tomada de decisão da administração pública. Publiquei artigos em revistas científicas, participei de coletâneas, eventos, dei palestras, cursos e integro alguns grupos e projetos de pesquisa e extensão universitária. Já havia coordenado alguns grupos de trabalhos em congressos e, por isso, resolvi me inscrever para a coordenação do GT 9 do CAED-Jus.

2) O que mais lhe chamou atenção no CAED-Jus?

Quando conheci o CAED-Jus, o que mais me atraiu foi o fato de ser um congresso todo online. Nem sempre podemos comparecer a eventos pelo país e o CAED-Jus criou um espaço virtual de discussão democrática da pesquisa jurídica. Após a finalização do primeiro congresso que participei, me impressionou muito a organização do CAED-Jus e a competência e eficiência na publicação do livro. É bem comum participarmos de um evento e a publicação atrasar ou até mesmo ser cancelada. O comprometimento do CAED-Jus estimula pesquisadores sérios a divulgar seus produtos de pesquisas através desta rede acadêmica.

3) A temática do seu GT é fundamental para pensar o direito de maneira interdisciplinar. O que você concebe como principal desafio da sua temática?

É comum as pesquisas no direito serem eminentemente teóricas, de cunho altamente abstrato e algumas vezes até mesmo afastadas da realidade social. Essa abordagem costuma ser acompanhada de uma visão de que a pesquisa empírica no direito é difícil de ser feita e se limita à pesquisa de campo, o que não é verdade. Assim, o maior desafio é atrair os estudantes e pesquisadores para a pesquisa jurídica empírica, capacitando-os nos mais diversos métodos aptos a conduzir investigações voltadas à perspectiva concreta do direito. Não é possível pensar o direito sem relacioná-lo com outros campos do conhecimento. E não é apenas a pesquisa de campo no sentido estrito que possibilita isso; por exemplo, uma pesquisa jurisprudencial ou baseada em dados estatísticos da atividade legislativa ou ainda no estudo do comportamento de atores jurídicos podem ser empíricas. O enfoque na concretude do fenômeno jurídico abre portas para a construção de análises mais férteis e dialógicas.

4) Bom, outras pessoas vão se espelhar em você para participarem das próximas iniciativas do CAED-Jus. Que dica final você daria para que possam produzir textos de qualidade e inovadores?

O primeiro passo para pesquisar e produzir um artigo bem fundamentado é seguir uma metodologia científica. O texto não deve ser uma mera revisão bibliográfica, um resumo do que vários autores pensam sobre o tema. Para não ficar apenas nisso, é preciso ter método. A partir desta escolha, seleciona-se as fontes documentais, legislativas, jurisprudenciais e/ou doutrinárias, buscando os autores mais renomados no tema, de preferência com pensamentos não coincidentes, a fim de serem traçadas conclusões derivadas do dissenso.

 

Gostou da entrevista? Não esqueça de comentar e compartilhar.

 

A propósito, você já submeteu seu trabalho ao próximo evento do CAED-Jus? Você pode acessar o site do CAED-Jus em www.caedjus.com/eventos e se inscrever no próximo evento programado com um artigo de sua autoria. Aproveite esta oportunidade!

 

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