As entrevistadas desta semana são Ana Claudia Torezan e Michelle Asato Junqueira.


Em meio a mais de 270 artigos que participaram do Congresso Internacional de Altos Estudos em Direito, Torezan e Junqueira foram premiadas com o trabalho “Infância do consumo e o consumo da infância: reflexões sobre o ‘totalitarismo consumista’ e o incentivo à transgressão e à violência infantil na sociedade pós-moderna”. Concorrendo com outros 9 artigos, elas receberam o Prêmio CAED-Jus 2017.
Confira a entrevista:
1) Vocês são vencedoras do Prêmio CAED-Jus 2017. Nos conte um pouco como foi a sua trajetória acadêmica até o Prêmio.
Somos professoras universitárias e além do mestrado, doutorado, pós-doutorado, nós desenvolvemos as pesquisas no âmbito do grupo de estudos ”Direitos da Criança e do Adolescente no século XXI”, que existe há três anos. No grupo, discutimos temáticas relevantes, identificando problemas de pesquisa e propondo análises que possam contribuir para a efetivação dos direitos.
2) Vocês acompanharam o CAED-Jus, então presenciaram discussões variadas sobre o direito contemporâneo. O que mais lhes chamou atenção no evento?
É a primeira vez que participamos do CAED-Jus. Ficamos muito gratificadas em verificar a qualidade dos temos tratados e a qualidade dos trabalhos. A ideia de um evento totalmente online aproxima a comunidade acadêmica e possibilita a troca de ideias entre pessoas dos mais variados locais do Brasil.
3) O seu artigo fala sobre consumo infantil e violência. As pessoas poderão acessá-lo no livro do CAED-Jus, mas poderiam nos contar em linhas gerais do que ele trata?
A ideia do nosso artigo é discutir como o consumo excessivo direcionado às crianças a adolescentes pode ser um fator indutor da violência, de forma que se afasta do fundamento da prioridade absoluta, que deve permear todas as políticas públicas voltadas ao público infantil.
4) Em sua avaliação, como o Brasil está na questão da proteção dos direitos da criança e do adolescente? Em que podemos avançar?
No âmbito legislativo, o Brasil evoluiu muito desde a Constituição de 1988, destinando disposições próprias para a priorização da criança e do adolescente e se adequando aos comandos do ordenamento internacional. Contudo, há muito a fazer para que os direitos se efetivem.
5) Bom, outros juristas vão se espelhar em vocês para participarem do próximo CAED-Jus. Que dica final vocês dariam para que possam produzir artigos de qualidade e inovadores no direito?
A leitura é fundamental, a partir dela a pesquisa ganha sentido e as problemáticas se apresentam. O segundo passo é a discussão coletiva, que é vindoura na difusão de novas ideias. O resto é muita reflexão e trabalho.
Gostou da entrevista? Não esqueça de comentar e compartilhar.
Para mais informações sobre o CAED-Jus e se cadastrar para novidades, visite o site www.caedjus.com
