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Entrevista com Júlia Cristina Silva Leal, vencedora do Prêmio CAED-Jus 2025

A entrevistada desta semana é Júlia Cristina Silva Leal , vencedora do Prêmio CAED-Jus 2025.

Júlia Cristina Silva Leal é Acadêmica do 10º período de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Pesquisadora do Núcleo de Estudos Avançados em Direito Internacional (NEADI PUCPR). Pesquisadora do Grupo de Estudos em Direito Autoral e Industrial (GEDAI UFPR). Coordenadora do Grupo de Estudos e Competições Model United Nations (GMUN PUCPR).

Em meio a mais de 290 artigos e resumos que participaram do Congresso Internacional de Altos Estudos em Direito, Júlia Cristina Silva Lea foi premiada com o trabalho “O IMPACTO DO ALGORÍTMO E DAS DEEPFAKES NO PROCESSO ELEITORAL”. Concorrendo com inúmeros outros artigos, ele  foi selecionado e recebeu o Prêmio CAED-Jus 2025.

Confira a entrevista:

1) Você foi selecionada para o Prêmio CAED-Jus 2025. Conte um pouco sobre como foi sua trajetória acadêmica até o Prêmio.

Sou acadêmica do 10º período de Direito na Pontíficia Universidade Católica do Paraná e, ao longo da graduação, sempre busquei aprofundar meu interesse pela pesquisa e escrita científica. Atualmente integro o Núcleo de Estudos Avançados em Direito Internacional (NEADI/PUCPR) e o Grupo de Estudos em Direito Autoral e Industrial (GEDAI/UFPR), experiências que me proporcionaram diversas oportunidades para o desenvolvimento e publicação de trabalhos científicos e para realizar conexões com profissionais renomados das mais diversas áreas do direito.

Desde o início da faculdade me envolvi em diversos projetos acadêmicos que, seguramente, influenciaram no resultado final da minha trajetória na graduação. Já fui diretora do Centro Acadêmico, participei de outros quatro grupos de estudos e pesquisas e tenho mais de 6 projetos publicados, inclusive dois no CAED-JUS 2024. Além disso, atuo como coordenadora de um grupo de competições acadêmicas na PUCPR denominado GMUN (Grupo de Estudos e Competições Model United Nations), o grupo trata de temas como relações internacionais, geopolítica, direitos humanos e direito internacional.

2) Você acompanhou o CAED-Jus, então presenciou discussões variadas. O que mais lhes chamou atenção no evento?

O que mais me chamou atenção foi a pluralidade e a relevância dos temas que foram abordados pelos autores. O evento mostrou a força da interdisciplinaridade, unindo reflexões jurídicas com as mais diversas áreas de pesquisa, como tecnologia, desenvolvimento sustentável, políticas públicas, seguridade social e política. Essa diversidade de perspectivas reforça o quanto a ciência jurídica precisa estar aberta e atenta às transformações da sociedade para que seja possível cumprir o seu dever para com a população.

Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer e parabenizar toda a equipe por traz do evento, vez que promover ambientes de debate como este é imprescindível para disseminar o conhecimento, principalmente na área do direito.

3) O seu artigo fala sobre o impacto do algoritmo e deepfakes no processo eleitoral, tema muito pertinente e abordado nos últimos anos. As pessoas poderão acessá-lo no livro do CAED-Jus, mas poderia nos contar em linhas gerais do que ele trata e sua importância para os dias atuais e sua influência para o processo eleitoral?

O artigo traz uma análise sobre como o avanço da inteligência artificial pode afetar diretamente o processo eleitoral, especialmente no que diz respeito à autenticidade da comunicação digital. Os algoritmos têm um papel central na forma como os eleitores recebem informações, podendo reforçar bolhas informacionais e influenciar percepções políticas.

Nesse contexto, as deepfakes, vídeos ou imagens manipuladas utilizando IA para criar a ilusão de que uma pessoa disse ou fez algo que não aconteceu na realidade, apresentam um profundo risco, pois permitem a criação de conteúdos falsos com alto grau de realismo, capazes de comprometer a confiança e a formação do senso crítico dos cidadãos. A pesquisa evidencia que compreender tais riscos é essencial para preservar a integridade e a legitimidade do processo democrático.

4) Bom, outros acadêmicos e pensadores vão se espelhar em vocês para participarem do próximo CAED-Jus. Que dica final você daria para que possam produzir artigos de qualidade e inovadores na área do Direito?

Acredito que a principal dica é cultivar a curiosidade e o comprometimento com a pesquisa. Ao longo da minha trajetória acadêmica, percebi que produzir artigos relevantes exige não apenas estudo, mas também disposição para dialogar com outras áreas do conhecimento, já que o Direito está constantemente em interação com transformações sociais, políticas e tecnológicas. É fundamental escolher temas que despertem verdadeiro interesse pessoal, pois isso torna o processo de pesquisa mais prazeroso e autêntico. Além disso, é importante escrever com clareza e propósito, lembrando que a ciência jurídica deve contribuir tanto para o debate acadêmico quanto para a sociedade em geral. Por fim, nunca deixem de aproveitar eventos como o CAED-Jus, que são espaços únicos de troca e aprendizado.

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